Como cuidar da saúde psicológica em momentos de crises e desastres

Em meio a crises e desastres, cuidar da saúde psicológica se torna essencial. Neste artigo, vamos explorar formas de manter o equilíbrio emocional e a resiliência nesses momentos e como a telemedicina pode ser uma grande aliada.

Sumário

Nos últimos anos, crises e desastres naturais têm se tornado cada vez mais frequentes, afetando a saúde mental de milhões de pessoas ao redor do mundo.

Um exemplo recente são as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, que afetou mais de 2,3 milhões de pessoas, estando 10.485 estão morando em abrigos e 388.781 desalojadas, segundo dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

Diante deste cenário, a importância do cuidado com a saúde psicológica torna-se ainda mais evidente. As pessoas que enfrentam essas tragédias não apenas lidam com a perda de bens materiais e entes queridos, mas também enfrentam traumas profundos e duradouros.

A boa notícia é que a telemedicina está revolucionando o acesso ao cuidado médico, tornando-o mais acessível e eficaz.

As crises, sejam naturais ou provocadas pelo homem, causam um impacto significativo na saúde mental.

Esses eventos têm ocorrido com cada vez mais frequência por conta das mudanças climáticas, guerras e aumento de desigualdades, entre outros fatores.

Segundo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), desde 2010 cerca de 21,5 milhões pessoas se mudam a cada ano por causa de questões relacionadas a emergências climáticas.

Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 5 pessoas em áreas afetadas por crises ou desastres desenvolvem algum tipo de transtorno mental. Condições como ansiedade, estresse pós-traumático (TEPT) e depressão são algumas das mais comuns.

Diante das tragédias climáticas, é essencial reconhecer o impacto psicológico que essas experiências podem causar.

As pessoas afetadas enfrentam uma variedade de reações emocionais, incluindo medo, ansiedade, tristeza e desesperança, além de lidarem com o luto.

Estes sentimentos podem ser particularmente intensos para aqueles que já têm predisposição para transtornos mentais ou que já convivem com condições psiquiátricas.

Uma das respostas mais imediatas e necessárias é salvar vidas e garantir a segurança física das pessoas. No entanto, é igualmente importante oferecer suporte psicológico adequado desde o início da crise.

Muitas vezes, os sobreviventes podem apresentar sintomas físicos, emocionais e cognitivos que precisam ser abordados rapidamente para evitar o agravamento de sua condição. A intervenção precoce pode ajudar a mitigar os sinais e sintomas agudos, restaurar a funcionalidade e estabilizar os pacientes, impedindo que o sofrimento aumente.

Além dos sobreviventes diretos, é crucial considerar a saúde mental dos trabalhadores envolvidos na resposta a emergências, como profissionais de saúde, socorristas, bombeiros e voluntários.

Estes indivíduos estão frequentemente expostos a cenas traumáticas e situações de alta pressão, o que pode levar ao esgotamento emocional e ao desenvolvimento de transtornos mentais, como o estresse pós-traumático.

Telemedicina: uma aliada no cuidado com a saúde

Para enfrentar esses desafios, a telemedicina surge como uma ferramenta valiosa. Durante crises, a infraestrutura local pode ser gravemente comprometida, dificultando o acesso a serviços médicos tradicionais.

A telemedicina permite que profissionais de saúde ofereçam suporte contínuo, mesmo em situações onde o deslocamento físico é impraticável. Pacientes podem receber orientação médica, diagnósticos e acompanhamento sem sair de suas casas ou abrigos temporários.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), por exemplo, criou um sistema para que especialistas de todo o Brasil possam ajudar a população gaúcha, oferecendo atendimento presencial para aqueles que estão mais próximos e suporte remoto através das mídias sociais.

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul também modificou suas diretrizes para permitir a emissão de receituários controlados durante este período crítico, facilitando o acesso a medicamentos essenciais para os pacientes em tratamento.

Estudos indicam que a terapia online é tão eficaz quanto a presencial. Em momentos de crise, a telemedicina não só amplia o alcance do atendimento, mas também proporciona um meio de cuidado contínuo e acessível.

Durante a pandemia da Covid-19, a adesão à telemedicina aumentou significativamente, demonstrando seu potencial em situações emergenciais.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, foram realizadas mais de 7,5 milhões de consultas através desse método entre 2020 e 2021, o que levou à regulamentação da telessaúde por lei em 2022.

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A telemedicina oferece uma série de benefícios que tornam o atendimento médico mais acessível e eficiente, especialmente em tempos de crise.

No entanto, é crucial reconhecer que pessoas em locais de crise e desastres podem enfrentar dificuldades de acesso devido à falta de energia elétrica ou à perda de bens.

Portanto, é fundamental desenvolver estratégias que garantam a disponibilidade de suporte psicológico em múltiplas frentes, combinando métodos tradicionais e tecnológicos para alcançar o maior número possível de pessoas.

Para aqueles que conseguem acessar esses serviços, os benefícios são significativos:

  • Acessibilidade: permite que pacientes recebam atendimento de qualquer lugar, a qualquer hora, essencial em áreas onde a infraestrutura está funcionando.
  • Conveniência: elimina a necessidade de deslocamento, o que é particularmente importante para aqueles em locais de difícil acesso ou em quarentena.
  • Privacidade: oferece a possibilidade de consultas de forma privada, proporcionando um ambiente mais relaxado e menos estressante.
  • Rapidez: facilita a marcação de consultas, muitas vezes com menor tempo de espera em comparação com consultas presenciais.

Estudos mostram que a terapia online é tão eficaz quanto a terapia presencial. De acordo com uma meta-análise publicada no Journal of Anxiety Disorders, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) online reduziu os sintomas de ansiedade em 60% dos pacientes.

Como funciona a consulta médica via telemedicina

Durante uma consulta médica por telemedicina, o processo é cuidadosamente estruturado para garantir que os pacientes recebam um atendimento de alta qualidade, semelhante ao presencial, com algumas particularidades:

  • Agendamento online: oferece a facilidade de marcar horários que se encaixem na rotina do paciente, proporcionando maior flexibilidade.
  • Consulta por vídeo: permite uma conversa em tempo real com o médico através de plataformas seguras, garantindo a confidencialidade e a proteção dos dados do paciente.
  • Acompanhamento continuado: possibilita consultas regulares para monitoramento e suporte contínuo, o que é crucial para pacientes com condições crônicas ou que necessitam de acompanhamento constante.

Apesar das dificuldades que a população possa enfrentar para acessar a telemedicina em áreas de crise, é importante destacar que essa modalidade de atendimento pode ser crucial em situações onde a infraestrutura permite o acesso.

Além do atendimento médico, há outras formas de cuidar da saúde mental durante crises:

  • Metas diárias: realizar tarefas simples pode trazer um senso de realização e controle.
  • Permita-se sentir: reconhecer e aceitar suas emoções, seja tristeza, medo ou frustração, é essencial para o processo de recuperação.
  • Suporte emocional: conversar com amigos, familiares ou grupos de apoio que possam oferecer um ombro amigo e compreensão é fundamental para sentir segurança e acolhimento.
  • Atividades calmantes: práticas como respiração profunda, meditação ou leitura podem ajudar a aliviar o estresse.
  • Limite a exposição a notícias: é importante manter-se informado, mas evitando a sobrecarga de informações que possam aumentar a ansiedade.

A importância de procurar ajuda profissional

Reconhecer a necessidade de ajuda profissional é um passo crucial para manter a saúde mental. Não há vergonha em buscar suporte; pelo contrário, é um ato de coragem e autocuidado.

Segundo a OMS, cerca de 70% das pessoas que recebem tratamento psicológico melhoram significativamente.

Conclusão

Reconhecer e abordar os impactos psicológicos de crises e desastres é um passo crucial para a recuperação das comunidades afetadas.

A telemedicina oferece uma solução prática e acessível para fornecer apoio contínuo e especializado, ajudando a aliviar o sofrimento e promover a resiliência emocional em tempos de grande adversidade.

A telemedicina é parte essencial das assinaturas da Filóo Saúde.

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