Prejuízos financeiros por falta de gestão de saúde nas empresas
Esse é um assunto que transcende o simples cumprimento das regras de segurança e saúde ocupacional. Trata-se do reconhecimento da saúde da equipe como um recurso valioso, fundamental para manter a produtividade, a motivação e o engajamento dos colaboradores.
Ao deixarem de investir no bem-estar e na saúde de seus funcionários, as empresas estão, efetivamente, prejudicando seu próprio desempenho e sucesso futuro. A seguir, discutiremos mais a fundo a relevância deste tópico e como a falta de gestão de saúde pode impactar negativamente as finanças de uma empresa.
Prejuízos da Falta de Investimento na Saúde do Colaborador
Não investir adequadamente na saúde dos colaboradores pode implicar em prejuízos reais e tangíveis para as empresas. Acreditar que programas de bem-estar e saúde ocupacional representam apenas um custo adicional é um equívoco que pode levar a perdas significativas. De acordo com a pesquisa da Global Wellness Institute, o custo do absenteísmo e da falta de produtividade dos funcionários desmotivados ou doentes é estimado em 10 a 15% da folha de pagamento anual das empresas.
Além disso, uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford mostrou que o estresse no trabalho é responsável por quase 8% dos gastos anuais com saúde dos trabalhadores, registrando um custo estimado em $190 bilhões de dólares por ano apenas nos EUA. No Brasil, o cenário não é diferente. Segundo a Previdência Social, em 2018 foram concedidos 576.608 auxílios-doença para trabalhadores com algum tipo de transtorno mental, incluindo a depressão.
Portanto, os custos relacionados com doenças ocupacionais, doenças crônicas, estresse, depressão e outras doenças mentais associadas ao trabalho, o absenteísmo e a rotatividade de funcionários, representam grande parte dos gastos das empresas. Caracteriza-se aí a imprescindibilidade do investimento na gestão da saúde dos colaboradores, não apenas como uma ação de humanização, mas também como uma estratégia eficaz para a saúde financeira das empresas.
Investir em Saúde é Lucro
Segundo um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão e a ansiedade, por exemplo, custam para a economia global cerca de US$1 trilhão por ano em perda de produtividade. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020 indicam que 3,4% das pessoas ocupadas em seu principal trabalho estiveram afastadas por motivo de saúde.
Estes dados evidenciam que investir previamente em programas de promoção à saúde e prevenção de riscos e doenças pode reduzir significativamente gastos com afastamentos, tratamentos e substituições de pessoal, além de aumentar a satisfação, o engajamento e a retenção dos colaboradores.
Neste cenário, a telemedicina é uma opção que apresenta diversos benefícios, tanto para funcionários quanto para empresas. A prática utiliza recursos tecnológicos para que os pacientes se consultem de forma virtual e em horários flexíveis, economizando tempo e gastos financeiros. Além disso, a integração ágil entre profissionais da saúde e pacientes favorece consultas e diagnósticos mais eficientes, personalizados e assertivos.
Outro ponto positivo é que os aplicativos digitais facilitam a pesquisa e a comunicação entre os envolvidos, incluindo incentivo à prevenção, monitoramento de quadros, envio de exames e atestados e acesso à informações sobre saúde. Tudo isso impacta no bem-estar dos colaboradores, impulsionando o desempenho profissional ao mesmo tempo que evita a evasão no trabalho.