Embora no Brasil 77,4% da população tenha tomado ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e mais de 8 bilhões de doses tenham sido administradas no mundo, a desigual distribuição de vacinas, a desinformação, o negacionismo e as diferentes formas de administração da pandemia adotadas por governos ao redor do mundo são alguns dos fatores que têm interferido nas perspectivas para 2022.
Para Aldo Dettino, médico parceiro da Filóo Saúde, apesar de o Brasil ter altas taxas de vacinação, diante da situação internacional, o cenário ainda é incerto. “As medidas de segurança e prevenção para evitar a propagação do vírus da Covid-19 são e continuarão primordiais. O passaporte da vacina, que é a comprovação do recebimento adequado de doses da vacina, reduz o risco de disseminação do vírus por não vacinados, que poderiam transmitir o vírus ou adoecer. Sabemos que, hoje em dia, por exemplo, em um voo, a disseminação transcontinental pode acontecer em horas ou dias. Além disso, em viagens por meios de transporte com centenas de passageiros, a probabilidade de contaminação de um indivíduo para a maioria dos outros viajantes, é grande”, pontuou.
Para que as perspectivas de contingência sejam mais positivas para 2022 no país, de acordo com Dettino, é necessário melhorar a cobertura vacinal no Brasil e implementar a testagem após chegada de viagens internacionais, como em aeroportos, além de priorizar testes laboratoriais e diagnósticos.
Ômicron
A variante Ômicron da covid-19 foi descoberta no início de novembro de 2021 por cientistas na província de Gauteng, na África do Sul, e novos casos começaram a aparecer na região algumas semanas depois. Simultaneamente, cientistas em Botswana, também na África do Sul, detectaram anomalias em amostras do vírus. Ao fim do mês, a informação já era oficial e já havia se espalhado pelo mundo.
Proteção das atuais vacinas contra a nova variante, efeitos a médio prazo e sintomas ainda estão sendo estudados por cientistas ao redor do globo. Para Dettino, ainda é cedo para afirmar as consequências da Ômicron, mas é essencial ampliar a vacinação no Brasil e no mundo e seguir com as medidas protetivas.
Confira algumas dicas:
Uso de máscaras em locais fechados como trabalho, shopping, escolas e transportes coletivos.
O uso de máscara poderá ser flexibilizado em locais abertos e com pouca aglomeração.
Higienização e uso de álcool gel.
Evitar aglomerações. No caso de eventos e shows, mesmo com a comprovação de não infecção pelo vírus, recomenda-se o uso de máscaras.