Por conta do Dia Internacional da Mulher, março é o mês em que os holofotes se voltam ainda mais para o universo feminino. Protagonistas todos os dias da luta para a construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária, obviamente que elas precisam cuidar da própria saúde e suas peculiaridades. A luta pela saúde da mulher é essencial e essas linhas que você lê agora aqui no blog têm a missão de alertar sobre os cuidados médicos voltados a elas em diferentes etapas, já que o corpo de uma mulher passa por diversas transformações ao longo da vida.
Adaptações na saúde feminina ao longo do tempo
Logo após a infância, a primeira etapa de maior modificação no corpo de uma mulher é a puberdade. Nesta fase acontece um crescimento acelerado da altura e o corpo passa a liberar novos hormônios. É aí que as meninas percebem o crescimento das mamas e o início do ciclo menstrual com a menarca (a primeira menstruação), que ocorre em geral entre os 10 e 15 anos de idade. O equilíbrio hormonal é necessário para a regulação desse ciclo menstrual e para o bom funcionamento físico e psicológico da mulher.
Já no período de adolescência, as jovens precisam ficar atentas para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos, começando o olhar sobre a saúde reprodutiva feminina. Em ambos os casos existem medidas específicas que podem e devem ser tomadas para ajudá-la a cuidar do sistema reprodutor. Para alguns métodos contraceptivos, o acompanhamento médico é indispensável, como é o caso de anticoncepcionais e dispositivos intrauterinos.
Já a fase da gestação é marcada por intensas mudanças no corpo, desde adaptações metabólicas, retenção de líquidos e inchaço, alterações no sistema musculoesquelético que podem levar ao surgimento de dores e desconfortos. Nesta etapa, o acompanhamento médico precisa ser ainda mais frequente.
A partir da confirmação da gravidez, os exames do pré-natal são indicados para preservar o bem-estar da mãe e do bebê. Nesse período, então, recomenda-se exames de urina (que vão detectar possível sangramento ou presença de bactérias, pus, proteínas e hemácias), fezes (por conta de possível anemia), hemograma completo (para checar a quantidade de plaquetas e de glóbulos brancos e vermelhos), glicemia (checar o nível de açúcar), sorologia para hepatites virais, HIV e doenças associadas, Papanicolau (para prevenir câncer de colo de útero; deve-se fazer o exame na primeira consulta pré-natal e anualmente, mesmo que a mulher não esteja grávida) e ultrassonografias diversas. Ufa!
Por volta dos 50 anos de idade, chega a clássica pergunta “o que é menopausa”. A gente explica – a menopausa marca a última menstruação da mulher, iniciando-se então a fase do climatério, que é a transição para o fim da fertilidade feminina. E quais os sintomas da menopausa? Acontece uma diminuição repentina dos níveis daqueles hormônios femininos, acúmulo de gordura abdominal, ressecamento da pele, insônia entre outras manifestações. Aqui também é recomendado o acompanhamento ginecológico regular.
Doenças mais comuns às mulheres
Por conta da tendência à multitarefa, ou por questões biológicas, há um conjunto de enfermidades mais comuns ao universo feminino e que devem ser combatidas o quanto antes para melhores resultados.
A mais perigosa – e famosa – delas é o câncer de mama, o tipo com índices de maior letalidade no Brasil. Para se ter uma ideia dessa abrangência, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa em 2020 foi de mais de 66 mil novos casos.
O autoexame, que consiste em tocar e apalpar as mamas, é importante para a detecção precoce, mas a recomendação prioritária é que a população feminina de 50 a 69 anos faça exame de rotina a cada dois anos, ou à critério do médico.
É importante destacar que a mamografia e o exame clínico das mamas identificam alterações suspeitas, mas a confirmação de câncer é feita em laboratório, pelo exame histopatológico, que analisa uma pequena parte retirada da lesão (biópsia). Só a partir daí é que dá pra entender qual é o tratamento para o câncer de mama. A gente até já falou sobre mamografia bem aqui, neste texto.
Varizes costumam incomodar as mulheres principalmente pela questão estética. Mas é importante saber que essa dilatação da veia é uma doença vascular que causa dor, coceira, inchaço e problemas de circulação, dependendo da gravidade. Ao perceber essas alterações, procure um médico.
A osteoporose, que costuma ser associada erroneamente apenas à população envelhecida, é crônica e comum em mulheres já a partir dos 45 anos. E o que é osteoporose? Há a diminuição da densidade óssea, o que torna a propensão a fraturas maior. Se você está se perguntando o que causa a osteoporose, normalmente ela é motivada pela redução da produção do hormônio estrogênio, responsável pela fixação do cálcio nos ossos. É fundamental combater fatores de risco como dieta pobre em cálcio e vitamina D, fumo, álcool, vida sedentária e deficiência hormonal. O exame indicado para fazer o diagnóstico é a densitometria óssea, que define a massa óssea em regiões como coluna lombar e fêmur. É realizado num aparelho de dupla emissão de raio-X (mas com baixa dosagem de radiação, não se preocupe).
A incontinência urinária consiste na perda involuntária de urina ao realizar algum esforço, como tossir, espirrar ou correr, por exemplo, ou ao sentir uma vontade súbita de urinar. É uma condição muitas vezes subdiagnosticada, seja por sentimento de vergonha ou pelo pensamento equivocado de que seja algo normal. Apesar de poder ocorrer em qualquer idade, é mais frequente em mulheres acima dos 60 anos de idade. Existem tratamentos eficazes, por isso é importante que o diagnóstico médico seja feito.
Dicas para a saúde
Alimentação saudável é fundamental para evitar o acúmulo de gordura em partes específicas do corpo. Caso não se trate de doença, a dica não é fazer dieta restritiva, e sim comer adequadamente. Além disso, praticar atividades físicas regularmente ajuda a evitar o sedentarismo e promove um estilo de vida saudável. A recomendação, reforçada inclusive pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é de pelo menos 30 minutos de atividade moderada todos os dias.
Outras dicas importantes são manter a higiene íntima para prevenir infecções, além dos cuidados com as doenças sexualmente transmissíveis.
Mas, claro, o acompanhamento do ginecologista ou de outro médico especialista é indispensável, e deve acontecer rotineiramente e com frequência.
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A lição que fica deste texto é que, não importa a fase da vida, é crucial ter acompanhamento médico com um especialista competente e de confiança. Pra quem é cliente Filóo Saúde, basta acessar este link, encontrar o profissional ideal e agendar. E caso você ainda não seja cliente, clicando aqui é possível se cadastrar gratuitamente e já agendar a consulta com super desconto.