O impacto do preconceito nas campanhas de prevenção do #NovembroAzul

Preconceito contra o exame ainda é o maior vilão da campanha do segundo tipo de câncer mais incidente em homens.
O impacto do preconceito nas campanhas de prevenção do #NovembroAzul

Sumário

Parece difícil de acreditar, mas é verdade: o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum e também a segunda causa de óbito entre os homens brasileiros, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O primeiro é justamente o câncer de pele que, segundo os médicos, também encontra resistência na prevenção, já que homens acham que usar protetor solar é “frescura”. 

E mais: o  câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum em números absolutos, considerando todos os gêneros.

A falta de informação, o preconceito e o constrangimento são as principais razões que levam os homens acima dos 45 anos (idade inicial recomendável para  acompanhamento preventivo periódico) a se esquivarem do exame e desenvolverem a doença.  

Para termos noção da gravidade disso, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 80% dos homens não faz os exames para detectar a doença simplesmente porque são resistentes a deixar outra pessoa tocar seus corpos, o que atrasa o diagnóstico e agrava a situação.

Vale a pena lembrar que, no último dia 24/10 o ator James Michael Tyler, o Gunther do seriado “Friends”, faleceu vítima da doença. Ele descobriu o tumor muito tarde por não realizar o exame de prevenção e a doença acabou se espalhando por seus ossos. O ator tinha 59 anos. 

Nos EUA, os índices também não são diferentes do Brasil: o câncer de próstata é a segunda maior causa de morte por câncer em homens no país. 

O que é a próstata?

A próstata é uma glândula que apenas os homens têm. Ela fica em frente ao reto, abaixo da bexiga e envolve a parte superior da uretra. Nos jovens, a próstata normalmente tem o tamanho de uma ameixa e com o avançar da idade ela costuma aumentar.

Como é feito o exame de próstata?

Existem diversos tipos de exame: o PSA é realizado através de coleta de uma amostra do sangue venoso, que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata, o Antígeno Prostático Específico (PSA). Com ele, é possível investigar a possibilidade de câncer de próstata, hiperplasia prostática benigna e a prostatite, que é a inflamação da próstata. Ele é feito através de pedido médico geralmente para a conclusão do exame de toque retal.

Já o exame de toque retal é realizado em consulta com urologista ou proctologista. Consiste na introdução do dedo indicador do médico especialista, protegido por luva de látex e lubrificado, no ânus do paciente, para que ele sinta o aumento ou não da próstata e demais deformidades.

 É um exame rápido e indolor capaz de detectar outras complicações como coloproctologista, fissura anal, hemorróidas ou nódulos. 

Ultrassonografia Transretal

A ultrassonografia transretal é um exame invasivo que exige preparo prévio e que consiste em avaliar o tamanho da glândula e identificar possíveis alterações em sua estrutura. O exame permite a identificação do câncer em seu estágio inicial.

Medição do Jato de Urina

Esse exame serve para analisar a força do jato e a quantidade de urina em cada micção. Com isso é possível observar se há alterações na urina, o que pode indicar complicações.

Exame laboratorial de Urina

O exame de urina de laboratório, o PCA3 como é chamado, mostra a agressividade do tumor cancerígeno e auxilia na escolha do tratamento.

Biópsia

A biópsia é um exame confirmatório que pode identificar tanto tumores benignos quanto malignos. Também é invasivo já que é necessário a retirada de um pequeno pedaço da glândula para enviar para análise em laboratório. 

Para os homens, a dica vai ser sempre – converse com seu urologista e pergunte se é possível fazer qualquer um desses exames. A detecção precoce do câncer, feita através de exames de rotina periódicos, é crucial para descobrir o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar uma melhor chance de tratamento e de cura.

A prevenção ainda é o melhor remédio. E o preconceito pode se tornar amargo de engolir quando se trata de uma doença devastadora e silenciosa. 

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