Mitos e verdades sobre a doação de sangue

O processo é seguro e não gera qualquer complicação ao doador; hemocentros, no entanto, ficam constantemente desabastecidos
Mitos e verdades sobre a doação de sangue

Sumário

Doar sangue é, antes de tudo, um ato de solidariedade. Cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas, o que já dá a medida da importância da doação de sangue.

O material coletado é separado em seus principais componentes: plaquetas, plasma e concentrado de hemácias. Aí, eles são destinados ao tratamento, dentre outras doenças, de anemias graves, distúrbios de coagulação, cirurgias de urgência e acidentes que causam hemorragias.

É um processo seguro, que não gera qualquer complicação ao doador. Mas há pouca conscientização sobre a importância do ato, o que leva os hemocentros, centros que recebem as doações, a fazerem diversas campanhas de doação de sangue para atrair voluntários. De acordo com uma publicação da Agência Brasil, do Ministério da Saúde, a taxa de doações voluntárias de sangue no Brasil caiu 20% durante a pandemia da Covid-19 e, até março de 2021, atingiu 1,6% da população.

Obviamente que, com todas as questões de higiene, muita gente ainda tem medo – mas os hemocentros estão mais do que preparados para receber os doadores com todas as medidas de limpeza (máscaras, luvas…) e igualmente de distanciamento social. Portanto, pode ir doar sangue sossegado porque tem gente precisando.

Como faço pra doar sangue?

Entre os principais requisitos para doação de sangue, o mais importante é estar bem de saúde (está com algo que parece um mal-estar, uma gripe, dor de cabeça, melhor esperar melhorar). Além disso, se você tem dúvida sobre quem pode doar sangue ou com quantos anos pode doar sangue, saiba que é preciso ter entre 16 (menores de 18 precisam de consentimento formal de um responsável) e 69 anos; pesar mais de 50kg; e apresentar documento oficial com foto.

O processo nos principais centros inclui cadastro, medição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta do sangue e lanche. E quanto tempo dura a doação de sangue? No total, a duração estimada do processo é de 40 minutos. Ao final, recomenda-se ao doador ingerir líquidos, evitar esforços físicos exagerados por 12 horas e evitar cigarro (por 2 horas) e bebida alcoólica (por 12 horas).

E sim, vale agendar doação de sangue nos órgãos especializados da sua cidade. É só procurar no Google que você encontra rapidinho. A maior parte deles fazem o agendamento bem tranquilo pela internet. 

Apesar das regras simples, o assunto gera algumas dúvidas frequentes e nem sempre esclarecidas. Separamos mitos e verdades para que você fique bem-informado.

É preciso estar de jejum.

Mito. A recomendação é de que a pessoa apenas evite alimentos gordurosos até três horas antes da doação, mas é importante que esteja alimentada.

Grávidas não podem doar sangue.

Verdade. Mas esse é um impedimento temporário. Não é permitido doar durante a gravidez, 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.

Não há qualquer restrição sobre intervalo de doações.

Mito. Para o organismo atingir o mesmo nível de estoque de ferro anterior à doação, homens devem respeitar 60 dias de intervalo (máximo de quatro doações nos últimos 12 meses) e mulheres, 90 dias (máximo de três doações nos últimos 12 meses).

Corro risco de contrair doença infecciosa ao doar sangue.

Mito. Não há risco. O material utilizado em coletas é individual, descartável e estéril.

Posso fazer sexo após doar sangue.

Verdade. Não há qualquer contraindicação para atividades sexuais. No entanto, recomenda-se evitar esforços físicos exagerados por um período de 12 horas.

Doar sangue dá direito a um dia de folga no trabalho.

Verdade. Por lei, o doador que comprovar o ato tem direito a um dia de folga em cada 12 meses trabalhados. No entanto, o bom-senso pede que a atitude seja motivada pelo intuito de salvar vidas.

Quem tem tatuagem não pode doar.

Mito. A velha pergunta sempre volta – quem tem tatuagem pode doar sangue? A resposta é que há restrição temporária. É preciso aguardar entre 6 e 12 meses para a certificação de que não foi contaminado durante o procedimento.

E pra finalizar, uma questão BEM atual. Quem teve covid pode doar sangue? O PróSangue, hemocentro de São Paulo, diz que doadores que foram infectados pelo COVID-19 só podem doar depois de um período de 30 dias, após recuperação clínica completa (assintomáticos). Já quem teve contato direto (domiciliar ou profissional) com casos suspeitos ou confirmados de contaminação por coronavírus devem aguardar 14 dias após o último dia de contato.

Quer tirar mais dúvidas?

Importante SEMPRE consultar um apoio profissional para entender melhor a sua situação – e, para isso, a gente aqui da Filóo Saúde está à sua inteira disposição. Se você já faz parte, é só clicar aqui e marcar a sua consulta ou então os seus exames. E para quem ainda não está dentro da nossa rede de cuidado, entre aqui e se cadastre gratuitamente. 

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