Nos primeiros meses deste ano, o Brasil tem enfrentado um surto alarmante de dengue, com números de casos que aumentam exponencialmente a cada semana. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, os registros de dengue somente nas quatro primeiras semanas de 2024 ultrapassaram 217 mil casos [1], um número quase cinco vezes maior do que no mesmo período do ano anterior.
Escalada da mortalidade
Atualmente, os dados apontam para um cenário ainda mais alarmante: já são mais de 520 mil casos (prováveis e confirmados) e 84 mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde até o momento [2]. Esse aumento representa um crescimento de 291% em relação ao mesmo período do ano anterior [3]. Os números são um claro indicativo da necessidade de intensificar os esforços de combate à doença e de conscientização da população sobre o papel do diagnóstico precoce.
Importância do diagnóstico precoce da dengue
Diagnosticar precocemente a doença é crucial para a gestão eficaz da dengue e a redução do impacto da doença na saúde pública. Ao identificar os sintomas iniciais, os pacientes podem procurar assistência médica rapidamente, permitindo o início imediato do tratamento e a adoção de medidas para prevenir complicações graves. Veja abaixo alguns dos principais sintomas da dengue:
- Febre alta: a febre é um dos sintomas mais comuns da dengue e geralmente é o primeiro sinal da doença. A temperatura corporal pode subir rapidamente para 39°C ou mais.
- Dores musculares e articulares: dores intensas nos músculos, articulações e ossos são frequentemente relatadas pelos pacientes com dengue.
- Dor de cabeça intensa: a dor de cabeça causada pela dengue é geralmente severa e persistente. Pode ser descrita como uma dor latejante na região frontal ou temporal.
- Erupções cutâneas: muitas vezes, os pacientes com dengue desenvolvem erupções cutâneas características, que podem aparecer como manchas vermelhas na pele. Elas podem ser acompanhadas por coceira intensa.
- Náuseas e vômitos: algumas pessoas com dengue experimentam náuseas, vômitos e dor abdominal. Isso pode levar à desidratação e exigir atenção médica urgente.
- Fadiga e fraqueza: a dengue pode causar fadiga extrema e fraqueza física, o que pode interferir nas atividades diárias e na qualidade de vida do paciente.
- Sangramento ou hemorragias: em casos graves de dengue, podem ocorrer sangramentos, como sangramento nasal, gengival, na urina ou gastrointestinal.
O diagnóstico precoce também ajuda a evitar a propagação do vírus, uma vez que pacientes diagnosticados podem adotar medidas efetivas para remover os possíveis criadouros de mosquitos de locais onde frequentam ou vivem, evitando a transmissão para outras pessoas.
Como a telemedicina pode ajudar
A telemedicina emerge como uma ferramenta poderosa no combate à dengue, especialmente na detecção precoce da doença. Por meio de consultas médicas online, os pacientes podem receber orientações e diagnósticos preliminares sem sair de casa, uma intervenção mais ágil e que evita o agravamento da doença.
Prevenção e cuidados
Para evitar a propagação da dengue e proteger-se contra essa doença potencialmente grave, é fundamental adotar medidas preventivas e cuidados específicos. Aqui estão algumas recomendações importantes:
- Eliminação de criadouros: reduza o acúmulo de água parada em recipientes ao redor de sua casa, como vasos, pneus velhos, garrafas e recipientes de armazenamento. Esses locais são potenciais criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
- Uso de repelentes: use repelentes de mosquitos regularmente na pele exposta para evitar picadas. Opte por produtos que contenham ingredientes ativos recomendados por autoridades de saúde.
- Uso de telas e mosquiteiros: instale telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos em sua casa. Se possível, durma sob um mosquiteiro para proteção adicional durante a noite.
- Vigilância constante: esteja atento aos sintomas da dengue e compartilhe informações sobre a doença com pessoas próximas. Se você ou alguém em sua família apresentar sintomas, procure assistência médica imediatamente.
Vacina contra a dengue
No dia 8 de fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição das vacinas contra a dengue no SUS, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer esse tipo de imunização no sistema público de saúde.
As vacinas estão sendo administradas inicialmente em crianças de 10 a 11 anos, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso porque esse público está dentro da faixa etária com maior índice de hospitalização pela dengue, o grupo de 10 a 14 anos. [4]
Ao longo dos próximos meses, os planos são de expandir a imunização para faixas etárias mais amplas conforme novos lotes sejam disponibilizados. Certifique-se de que você e sua família estejam atualizados com as vacinas recomendadas pelas autoridades de saúde.
O surto de dengue no Brasil é uma séria preocupação de saúde pública, exigindo uma resposta coordenada e eficaz de autoridades e da sociedade em geral. Compreender a importância do diagnóstico precoce é fundamental para conter a propagação da doença e reduzir seu impacto na população.
A telemedicina surge como uma ferramenta promissora nesse cenário, oferecendo uma maneira conveniente e acessível de acessar cuidados de saúde de qualidade.
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Fontes
[1] Veja: https://veja.abril.com.br/saude/brasil-registra-mais-de-217-mil-casos-de-dengue-so-em-2024
[2] Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti/monitoramento-das-arboviroses
[4] Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/fevereiro/ministerio-da-saude-inicia-distribuicao-de-vacinas-contra-dengue