Todos sabemos, praticando ou não, que atividades físicas têm papel importantíssimo para fortalecer o corpo e a mente e preparar o organismo para as mais variadas doenças que nos acometem ao longo da vida. E para fechar o mês de outubro e a campanha Outubro Rosa de conscientização sobre o câncer de mama, vamos mostrar que manter-se ativo, com uma rotina que englobe fazer exercícios físicos regularmente, pode ser decisivo também para melhores resultados no tratamento de câncer, incluindo o de mama.
A importância de ser fisicamente ativo no combate ao câncer Mas, afinal, qual é a relação entre atividades física e o câncer? O repouso não seria mais indicado? Uma publicação do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revela que diversos estudos científicos em todo o mundo já desmitificam o conceito do repouso absoluto comumente associados a pessoas com alguma enfermidade, inclusive ressaltando que as pacientes com câncer devam ser encorajadas a manter a atividade física por toda a vida – exceto quando houver contraindicação médica. É importante ressaltar que o ‘toda a vida’ inclui a atividade física dos pacientes em tratamento oncológico, seja em períodos de quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal – que são as formas mais frequentes adotadas pelos especialistas para combater o câncer.
Esse comportamento traz melhorias nas funções cardiorrespiratórias, na força muscular e no condicionamento físico, refletindo diretamente também em benefícios mentais com a diminuição de sintomas de depressão, fatores que ajudam a reduzir a mortalidade de pessoas diagnosticadas com câncer.
A atividade física traz benefícios contra qual tipo de câncer?
A prática de exercícios físicos com intensidade de moderada a vigorosa reduz taxas de mortalidade do câncer de cólon, reto, mama e próstata (embora com pouca evidência de benefícios, os exercícios físicos não são contraindicados para outros tipos de câncer).
Para ampliar a sobrevida de cólon, reto, mama e próstata, por exemplo, devem ser praticados, segundo o INCA, “ao menos 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada, ou, ao menos, 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa, ou, ainda, uma combinação equivalente de atividades moderadas e vigorosas”, podendo ter aumento nos benefícios dobrando os números desta recomendação.
Fique atento: casos específicos que demandem a interrupção de atividades físicas serão avaliados pela equipe médica.
Mude a sua rotina aos poucos
Fazer atividades físicas regularmente não está atrelado, evidentemente, a se tornar um atleta, principalmente durante o tratamento. Para reduzir o risco de desenvolvimento de câncer e a mortalidade pela enfermidade, qualquer tipo de movimento é importante, mesmo que inicialmente não se chegue aos números recomendados. A frequência normalmente é mais relevante do que a intensidade. Para deixar mais claro, estamos falando da importância de não desistir de realizar atividades corriqueiras como subir escadas, limpar a casa e passear com o cachorro, por exemplo, ou mesmo treinamentos direcionados de musculação e outros tipos de ginástica. Importante: a construção dessa rotina de atividades também deve ser supervisionada pela equipe médica para que os efeitos sejam apenas positivos.
Fonte: af_e_cancer_prevencao_e_controle_sboc_inca_sbafs_c-per-eleitoral.pdf
