Receber um diagnóstico de câncer não é nada fácil. Geralmente, o primeiro pensamento que vem à mente do paciente oncológico é, obviamente, o medo da morte e do sofrimento.
Apesar de nem todos os tipos de tumores serem fatais, apesar de todos os avanços tecnológicos e da medicina especializada, apesar das estatísticas muitas vezes serem animadoras, dependendo do caso, o que está em jogo é o fato do ser humano se deparar com a fragilidade de seu próprio corpo e da vida.
Tais pensamentos podem desencadear uma série de sentimentos e por fim comportamentos que incluem depressão, ansiedade aguda, desejo de isolamento, revolta e até culpa, o que, com a somatização podem vir até a comprometer a imunidade, culminando na piora do quadro de saúde como um todo.
Segundo os próprios oncologistas, o acompanhamento de um psicólogo/psicanalista e terapia cognitiva é fundamental para amenizar os sentimentos que surgem nessa fase e até depois de um tratamento, já que o medo da metástase, do reaparecimento da doença e o retorno à vida normal podem ser bem traumáticos também.
Então, como estamos em pleno Novembro Azul, um mês em que se discute a prevenção ao câncer de próstata, achamos FUNDAMENTAL falar sobre o assunto, ainda pouco discutido.
Como se dá o tratamento psicológico?
Com o apoio psicológico, o profissional, junto com o paciente, vai buscar manter seu equilíbrio e bem-estar emocional, assim como também tentar identificar e compreender os fatores psicológicos, os sentimentos e angústias que o acometem nessa fase delicada.
O psicólogo buscará prevenir e reduzir os sintomas emocionais e físicos causados pelo câncer e seu tratamento, auxiliando o paciente na busca de uma compreensão do todo em meio ao processo que o paciente esteja atravessando.
Através do acolhimento e da escuta ativa e especializada sem julgamentos e críticas, mas com técnicas que vão ajudar o paciente a organizar e compreender seus sentimentos, o profissional também poderá auxiliar familiares do paciente durante o período, pois a família também pode passar por momentos de grande aflição.
E que impacto positivo ele pode trazer?
O impacto do acompanhamento psicológico em pacientes com câncer e em pessoas que tiveram a doença é tema de vários estudos. No encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2018), foram apresentados resultados de três análises.
O primeiro estudo foi feito com pessoas que passaram por tratamento de câncer de mama, de intestino e melanoma e estavam livres da doença. Elas fizeram cinco sessões de terapia e os resultados mostraram que a intervenção psicológica reduziu significativamente o medo de recidiva do câncer.
Além disso, houve melhora na qualidade de vida e diminuição da ansiedade e angústia.
O segundo estudo, feito com pacientes que tiveram diagnósticos recentes e iniciaram o tratamento oncológico, mostrou que o programa de apoio psicológico melhorou a qualidade de vida dos pacientes e reduziu os níveis de sofrimento.
O terceiro avaliou o impacto do apoio psicológico em pacientes com câncer em fases mais avançadas. Naqueles que tinham sintomas depressivos, houve redução dos mesmos. E nos que não tinham sintomas depressivos, houve diminuição da incidência de depressão.
Tais pesquisas mostram que o tratamento do câncer deve ser global e precisa de uma equipe multidisciplinar para ser completo. O tratamento de suporte, do pós-tratamento que ajuda no controle de sintomas e melhora a qualidade de vida, é valioso e deve ser uma das prioridades no manejo do câncer.
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