Alimentos ultraprocessados estão associados ao desenvolvimento de hipertensão, diabetes, obesidade e declínios cognitivos

Além dos riscos mais conhecidos dos alimentos ultraprocessados, agora há novidades sobre o tema. É hora de pensar em riscar da sua dieta…
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Sumário

Alerta aos desleixados com a alimentação: apesar do assunto ser negligenciado por boa parte da população, a preocupação com a origem e a qualidade do que comemos deixou de ser opcional para quem visa levar uma vida minimamente saudável. Isso vale também para os alimentos ultraprocessados.

Para iniciar a mudança no estilo de vida é preciso saber por onde começar – e se você não sabe o que são alimentos ultraprocesssados, a gente explica.

Podemos dizer que alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por diversas etapas de modificação até chegar ao consumidor final. Ou seja, eles recebem aditivos industriais com corantes, conservantes e sabores artificiais para ganharem mais durabilidade e atraírem uma maior gama de consumidores.  

Exemplos de alimentos ultraprocessados

De acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da saúde, a lista de alimentos ultraprocessados é grande, indo de biscoitos, sorvetes e guloseimas a bolos,  cereais matinais, barras de cereais, passando por sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, aqueles inevitáveis salgadinhos “de pacote”, refrescos e refrigerantes, achocolatados, iogurtes e bebidas lácteas adoçadas, bebidas energéticas, caldos com sabor carne, frango ou de legumes, maionese e outros molhos prontos, produtos congelados e prontos para consumo (massas, pizzas, hambúrgueres, nuggets, salsichas, etc).  

A lista é mesmo extensa – dá uma olhada no seu armário agora mesmo pra ver quantos deles você encontra. 😉 

Ainda de acordo com publicação do Ministério da Saúde, trata-se de “formulações industriais feitas com cinco ou mais ingredientes. Em geral, são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, açúcar, gorduras, sal e aditivos químicos, com sabor realçado e maior prazo de validade”. 

Vale lembrar que o alerta contra os alimentos ultraprocesssados agora é da ciência! 

Após pesquisadores norte-americanos indicarem que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco de infarto e AVC, recente estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) revela que a ingestão dessa categoria de alimento também pode estar associada a declínios cognitivos – basicamente, a perda da capacidade de realizar atividades que estão diretamente relacionadas ao nosso cotidiano, como lembrar datas, fazer cálculos, planejar certas tarefas…

Em um período de dez anos, pesquisadores da USP analisaram hábitos alimentares de mais de 10 mil brasileiros entre 35 e 74 anos de idade e concluíram que há um declínio cognitivo em pessoas que consomem mais de 20% das calorias diárias em alimentos ultraprocessados. Mais especificamente, o déficit do grupo que fez esse consumo por dia foi 28% maior em relação aos que fizeram uma dieta mais adequada. 

Cuidado! De acordo com publicação do Jornal da USP, comer três pães de forma no dia já faz com que consumo de 20% de calorias com ultraprocessados seja atingido.  

Também é válido dizer, em relação a aspectos mentais, que a dieta com alimentos ultraprocessados compromete a memória e contribui para, além de doenças como o Alzheimer, quadros como depressão e ansiedade.

O assunto é realmente complexo, pois com as exigências do mundo moderno, o pouco tempo livre ou as baixas condições socioeconômicas, muitas vezes vivemos (e comemos) da maneira que é possível. E olha que nesse texto nem abordamos a obesidade, que ao lado dos problemas cardiovasculares já é um vilão bastante conhecido em relação aos hábitos alimentares. 

O que fazer com relação aos alimentos ultraprocessados? 

Se possível, é importante que você corte ou pelo menos diminua da sua lista de supermercado produtos como comidas congeladas (aquelas que você joga no microondas e ingere poucos minutos depois) e demais instantâneos…

A dica é levar à mesa, sempre que der, alimentos in natura ou minimamente processados. Para isso, leia sempre o rótulo dos alimentos e consulte um nutricionista ao pensar no seu cardápio. O seu organismo agradece. 

Fontes:

. https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2022/08/ultraprocessados-podem-acelerar-em-quase-30-o-declinio-cognitivo-diz-estudo.shtml  

. https://jornal.usp.br/ciencias/declinio-cognitivo-no-longo-prazo-e-28-maior-para-quem-consome-mais-de-20-das-calorias-diarias-em-ultraprocessados/ 

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